quinta-feira, 20 de maio de 2010

"O que esperar da nossa gigantesca crise bancária", Paul Krugman & Robin Wells (11.05.2010)


Quanto mais as coisas mudam no mundo financeiro, mais elas ficam na mesma. Esta é a conclusão do livro "This Time Is Different: Eight Centuries of Financial Folly", o qual serve de base a este artigo:

"A crise da dívida grega em 2010 tem muitas semelhanças com a crise da dívida mexicana de 1827; a inflação no Zimbabwe é apenas o mais recente episódio de uma história de desvalorização de moeda que vai até às cidades-Estado da antiga Grécia; e, tão ou mais importante, a crise imobiliária dos Estados Unidos de 2008 seguiu o argumento de inúmeras crises bancárias do passado, cujo rasto se pode traçar, pelo menos, até à Escócia do século XVIII."

A mensagem principal do livro (que ainda não li, mas está na minha "wish list" da Amazon ;) é que demasiada dívida é sempre perigosa. Seja do Estado, seja dos privados. Seja criada pedindo aos cidadãos, seja pedindo ao estrangeiro. O problema, no entanto, é que as pessoas, as empresas e os governos tendem a esquecer isto, especialmente em períodos de acalmia financeira. Acham que se podem ir safando com défices maiores e maiores. Os governantes deviam conhecer melhor a História económica do mundo para tentar evitar cometer os mesmos erros.

"Qual a melhor forma de lidar com as crises de dívida?", questionam os autores. Resposta: "Não as ter".