Neste artigo o autor propõe estatizar as SCUT, pagando já tudo o que se deve através da emissão de dívida pública. Assim, troca-se uma taxa de juro elevada (taxa de rentabilidade das concessionárias) por uma mais baixa (dívida), o que seria uma boa ideia. Além disso, como as concessionárias estão com problemas de liquidez, talvez se conseguissem bons negócios.
Há, no entanto, alguns problemas. Em primeiro lugar, o Estado costuma ser muito mau a negociar, como aliás se pode comprovar pelos contratos de concessão de auto-estradas. Qualquer risco, mínimo que seja, é o Estado que paga. Depois, a nossa dívida pública, já elevada, subiria ainda mais, o que poderia motivar maiores preocupações dos mercados financeiros internacionais, onde nos financiamos, levando a um aumento dos custos para obter crédito no futuro.
De qualquer forma, poderia ser uma boa solução, se feita de forma bem controlada e totalmente transparente, para evitar conluios entre as concessionárias e não assustar os mercados.